29 abril, 2008

Ligação

«Como o sol e a rosa», disse-nos ele, «Uma não vive sem a outra».
Lembrei-me desta frase no outro dia, quando pensava na intemporalidade das cicatrizes que nos amarram em portos de outrora, guardando promessas eternas, destinadas a ser aniquiladas. Resta saber por quem.
Mas o mais irónico, é o não haver surpresas face a esta destruição, tão descaradamente pré meditada. Há um lamento, mas um lamento resignado.
Uma realidade traçada que me esfumou a necessidade, oprimiu a vontade, e que, como se tivessem ganho vida, afastou-me os dedos do teclado, calando dentro de mim a súplica por uma palavra de coragem, renunciando o direito à amizade prometida.

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