27 fevereiro, 2011
25 fevereiro, 2011
"Só o sonho fica"
E no final de tudo, ou no final do dia, porque a ambição e a incerteza são as mesmas, ninguém disse que era real. Ninguém falou, ninguém ouviu, ninguém mostrou. Ou apenas eu não ouvi e não vi, o que para mim vai dar ao mesmo. Não é egotismo, não é arrogância, assim como o facto de ter deixado de acreditar em palavras perfumadas e melosas não é presunção ou sumptuosidade; não é querer ser mais, não é pensar ser capaz de controlar o incontrolável. É apenas o único meio que tenho para explicar a ausência de factos, o vazio que persiste, insiste em persistir, entre os rumores e os actos, os ditos e os não ditos. É a minha forma de utilizar aquilo que ninguém disse, mas eu sei, como impulsor. O único caminho possível para explicar aquilo que não sei, mas que tenho que acreditar que sei. Chama-se a isto sobrevivência.
"Só ele pode ficar."
24 fevereiro, 2011
Pensamentos que não levam a lado nenhum.
Quanto ao amor (seja o que for que isso seja) acho que já ninguém duvida tratar-se de um jogo. Resta saber quais as regras que estamos dispostos a ostentar na sua presença. Eu não gosto do dominó. Esse jogo monótono, em que vamos acrescentando sequencialmente partes de nós, escolhas óbvias e necessárias, inevitavelmente uma a seguir à outra, sem nunca sairmos do trilho. Entre esse e o xadrez, venha o diabo e escolha. Sim, o xadrez é estimulante, até vicioso. Mas não é mais do que um jogo calculista, precavido, totalmente controlado, e que acaba sempre com a morte de uma das partes. A única variação possível é que se pelo menos um dos jogadores for sábio, a batalha é curta e a mossa pequena; se nenhum dos dois for suficientemente atento (ou dedicado), levam naquele impasse eterno que desfia o tempo e corrói as peças e o tabuleiro.
Se a batalha é realmente inevitável, assim como a necessidade de fingirmos que temos tempo suficiente para nos desbaratarmos em conflitos e arruaceiros inúteis, ao menos joguemos às damas: de igual para igual, preto no branco, prática, acessivel. Simples. E ao menos sempre vamos comendo alguma coisa pelo caminho.
(Sim, pensamentos que não levam a lado nenhum. Mas isto é um blog. Serve para isso mesmo, não é verdade? )
23 fevereiro, 2011
Ela não. Mas eu voltei.
Eu quero mais. Não por capricho. Por direito. Só não queria levar o resto da minha vida a ter que explicar que há silêncios que não têm que ser quebrados. Que há perguntas que não se fazem. Sabem-se. E que eu sou assim, e não vou mudar.
E não gosto quando me deixas neste estado de felicidade impaciente que, descobri agora, é infalivelmente cruel quando se alia a esta vontade incontrolável de cantar.
Tirando isso, e a consequente vulnerabilidade que abomino, até podia dar certo.
Mas agora com licença, que está um lindo dia lá fora.
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