17 julho, 2010

Ainda alguém tem dúvidas?

Deus escreve torto por linhas direitas.
Precipita os abortos que não se querem espontâneos.
Nega as pazes às mentes já desfeitas,
Em adormecidos e paralelos, flagelos coetâneos.

Haja alguém que corte as asas à esperança,
Na única poda que para ela se conheceu.
Só não Lhe convenha pagar à cobrança,
A velha aliança que sem saber prometeu:
Entre a razão e as páginas em branco,
De quem mais mãe que filha nasceu.

“Ainda bem que Lisboa não é a cidade perfeita.”
Ou então não...

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